O Papa Francisco será uma das personalidades que intervirá na cimeira virtual sobre a crise climática, promovida pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e que acontecerá quinta e sexta-feira.
O Papa será um dos intervenientes do primeiro dia, do qual participarão cerca de 30 chefes de Estado e de Governo, incluindo os presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping.
Na cimeira, os Estados Unidos irão pressionar os principais poluidores globais, pedindo-lhes para aumentarem as suas metas na luta contra o aquecimento do planeta.
Biden pretende mostrar que os Estados Unidos estão de regresso ao combate contra as alterações climáticas, num encontro que junta potências mundiais que representam cerca de 80% das emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global.
Nesta cimeira, o Presidente russo deverá realçar o seu compromisso em diminuir as emissões líquidas de gases de efeito estufa, que ficará abaixo do nível prometido pela União Europeia, que pretende reduzir em pelo menos 55% das suas emissões até 2030 (comparando com 1990).
Muitos olhares e ouvidos nesta cimeira dirigem-se também para a China, que no sábado se comprometeu a "cooperar" com a estratégia de combate às alterações climáticas, após uma visita do enviado especial dos EUA para esta questão, John Kerry, na preparação do encontro desta semana.
Putin e Xi participarão da sessão de abertura que destacará a "necessidade urgente" de as principais economias mundiais fortalecerem o seu compromisso na luta contra as mudanças climáticas para manter a meta de limitar o aquecimento global em 1,5 graus Celsius.
Biden será o responsável pelo discurso de abertura dessa primeira sessão, na qual também farão intervenções o Presidente francês, Emmanuel Macron, os primeiros-ministros britânicos, Boris Johnson, e italiano, Mario Draghi, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Na sessão, estarão ainda os presidentes da Colômbia, Iván Duque, da Argentina, Alberto Fernández, do Brasil, Jair Bolsonaro, do Chile, Sebastián Piñera, e do México, Andrés Manuel López Obrador.
Outras presenças a salientar serão as dos presidentes turco, Recep Tayyip Erdogan, sul-africano, Cyril Ramaphosa, indiano, Narendra Modi, e sul-coreano, Moon Jae-in, bem como a dos chefes de Governo japonês, Yoshihide Suga, e do canadiano, Justin Trudeau.
Também estarão presentes o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o rei saudita, Salman bin Abdulaziz.
A cimeira virtual contará com uma sessão dedicada ao setor privado, que contará com a presença de gestores de organizações como a Allianz, Oliver Bate, o Citigroup, Jane Fraser, e o Bank of America, Brian Moynihan.
Outros participantes serão a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial, David Malpass.
A cimeira dedicará uma sessão às iniciativas locais, com a presença das autarcas de Paris, Anne Hidalgo, da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, e de Nova Orleães, LaToya Cantrell.
Além destas sessões, haverá uma apresentação sobre os desafios da segurança global, com a participação do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e dos ministros da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, Espanha, Margarita Robles, Japão, Kishi Nobuo, Reino Unido, Ben Wallace, e Iraque, Yumad Enad.
No segundo dia, sexta-feira, o encontro contará com as intervenções dos primeiros-ministros de Israel, Benjamin Netanyahu, da Dinamarca, Mette Frederiksen, da Noruega, Erna Solberg, e dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Rashid Al Maktoum, entre outros.