Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa poderão regressar às greves, paralisando as ligações fluviais no Tejo.
Nos plenários realizados esta quarta-feira nas duas empresas, os trabalhadores mandataram os sindicatos para desencadearem as ações de luta necessárias para conseguirem aumentos salariais significativos
Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS – Federação de Sindicatos dos Transportes – diz à Renascença que “tudo depende da forma como correr a reunião com a administração”, agendada para dia 5 de maio.
“Se não houver alguma proposta de aumentos ou que esteja muito longe das reivindicações sindicais, será imediatamente entregue o pré-aviso de greve para 20 de maio, deixando os barcos encostados todo o dia”, diz.
Todos os sindicatos da Transtejo e Soflusa estão unidos na contestação e exigem que este ano a empresa compense os trabalhadores.
No caso da Transtejo, os trabalhadores querem também uma alteração no subsídio de turno, que é consideravelmente mais baixo do que o atribuído na Soflusa.
Os sindicatos da FECTRANS seguem a reivindicação da CGTP de um aumento mínimo de 90 euros.
Mas Paulo Lopes considera é que haja condições para começar a negociar, já que a empresa, se quiser, tem diversas formas de compensar os trabalhadores.
Apesar de sentirem ofendidos por terem recebido apenas mais um dia de férias em compensação por se manterem sempre na linha frente durante o período de pandemia, Paulo Lopes frisa que o protesto é especialmente contra o governo.