A reunião entre o Presidente da República, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa sobre o caso da suposta substituição do Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA) já terminou.
Segundo nota publicada no site da Presidência, "ficaram esclarecidos os equívocos suscitados".
A breve nota indica ainda que o encontro realizou-se "a pedido" de Marcelo Rebelo de Sousa.
Em causa estão notícias dando conta da intenção do Governo de exonerar o Almirante Mendes Calado do cargo de CEMA para substituí-lo pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Comentando o caso esta quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa aludiu a "três equívocos" na notícia sobre a alegada exoneração do chefe do Estado-Maior da Armada, António Mendes Calado, e a sua substituição pelo antigo coordenador da task force de vacinação contra a Covid-19, sublinhando que a palavra final é sua.
Marcelo sublinha que Mendes Calado mostrou "lealdade institucional" e que "a última palavra é do Presidente da República".
Na terça-feira à noite, fontes ligadas à Defesa Nacional disseram à agência Lusa que o Governo iria propor ao Presidente da República a exoneração do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado, cargo que ocupa desde 2018, tendo sido reconduzido para mais dois anos de mandato com início em março deste ano.
A agência Lusa noticiou também que o Governo iria propor o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a Covid-19, para substituir o atual chefe do Estado-Maior da Armada.
Em entrevista à Renascença, o Almirante Melo Gomes, antigo Chefe de Estado-Maior da Armada, considera que o episódio em torno da suposta substituição do atual CEMA - e o envolvimento de Gouveia e Melo na sua substituição – foi “um erro politico gravíssimo na relação que deve presidir aos orgãos de soberania de um país democrático”.
[Em atualização]