O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, diz à Renascença que "tendo em conta a realidade epidemiológica, os números de internamentos e óbitos por covid-19, não há uma necessidade, nesta fase, de adotar medidas mais restritivas com a exceção do regresso do uso obrigatório de máscara em transportes públicos, nas farmácias e em outros locais com grandes aglomerados populacionais".
Gustavo Tato Borges concorda, por isso, com a posição do Governo, assumida esta quinta-feira pelo ministro da Saúde. Manuel Pizarro antecipou com tranquilidade a reunião desta sexta feira com o Infarmed dizendo que "não há nenhuma intenção nem necessidade de regressar, a curto prazo, a quaisquer medidas que envolvam estado de alerta ou imposições em matéria de saúde pública"
Sobre a sobrecarga nas urgências hospitalares, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública diz que "o Governo não ficou surpreendido com o aumento da afluência às urgências tendo em conta a facilidade de circulação dos vírus e as dificuldades de completar escalas hospitalares".
Gustavo Tato Borges reforça que "estamos a viver um aumento ligeiramente superior aquilo que era o ano antes da pandemia" e que o pico de infeções respiratórias era esperado apenas no mês de dezembro, mas lembra que "não é novidade que iriamos ter um da sobrecarga hospitalar, nas urgências e no serviço de atendimento complementar nos cuidados de saúde primários".
O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública reforça que "sabendo que há restrições de recursos humanos, nomeadamente para o serviço de urgências e para fazer horas extraordinárias, era esperada a sobrecarga".