O diretor-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, foi exonerado do cargo esta sexta-feira, confirmou à Renascença fonte do gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Bernardo Alabaça, que tinha iniciado funções em fevereiro de 2020, deixa o cargo com efeitos imediatos.
A exoneração acontece por a ministra considerar que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) está "inoperacional", adiantou fonte oficial do gabinete à agência Lusa.
A mesma fonte acrescentou que a exoneração do cargo vai ter "efeitos imediatos", e Bernardo Alabaça será substituído interinamente pelo arquiteto João Carlos Santos, até agora sub-diretor da DGPC, que assumirá as funções "até terminar o concurso da CRESAP [Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública], que se encontra a decorrer".
O gestor Bernardo Alabaça tinha sido uma escolha da própria ministra da Cultura, que, "tendo avaliado o desempenho do diretor-geral do Património Cultural nos últimos meses, considera [agora] pertinente e necessária a sua imediata substituição", indicou a mesma fonte.
Bernardo Alabaça foi anunciado oficialmente pelo Ministério da Cultura a 13 de fevereiro de 2020 como novo diretor-geral do Património Cultural, substituindo no cargo a arquiteta Paula Araújo da Silva, e iniciou funções, com uma nova equipa, a 24 de fevereiro.
Paula Araújo da Silva também tinha sido afastada pela ministra Graça Fonseca.
Com um currículo com 20 anos de experiência de gestão, maioritariamente de património público, Bernardo Alabaça tinha sido anteriormente diretor-geral de Infraestruturas do Ministério da Defesa Nacional e subdiretor-geral do Tesouro e Finanças do Ministério das Finanças.
Com o título de mestre em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, tinha ainda desenvolvido atividade como docente nessa instituição e na Porto Business School, e no setor imobiliário.
[notícia atualizada]