O Papa deslocou-se ao Mosteiro da Ordem das Carmelitas Descalças, em Madagáscar, para um momento de oração. Francisco pôs de lado o discurso que trazia de Roma e falou de improviso.
Descontraído e com sentido de humor, deixou um conjunto de conselhos sobre a humildade e vida espiritual das religiosas, tendo apontado como modelo a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus, também carmelita e de grande devoção de Francisco.
O Papa falou das tentações do demónio (que tanto é “descarado”, como é “bem-educado”) e disse que ele mesmo “fica atento aos diabos bem-educados” e provocou uma gargalhada quando, ao falar da obediência, reconheceu que há superioras e prioresas que “nunca ganhariam o prémio Nobel da simpatia”.
“Os pequenos atos de amor salvam o mundo”, disse, numa intervenção improvisada no Mosteiro, no bairro de Ampasanimalo, onde presidiu a um encontro de oração perante cem monjas.
Antes deste encontro, Papa esteve no Palácio Presidencial onde, perante as autoridades políticas, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático, criticou a corrupção e as desigualdades sociais que provocam situações de “pobreza desumana” no país. Mas também não esqueceu o ambiente, alertando para a necessidade de defender os recursos naturais do país.
Esta tarde, Francisco reúne-se com os bispos de Madagáscar na Catedral de Andohalo, antes da visita ao túmulo da leiga Victoire Rasoamanarivo. O dia termina com uma vigília dedicada aos jovens, no Campo Diocesano de Soamandrakizay.