A Organização Mundial de Saúde (OMS) defende a necessidade de manter as escolas abertas durante a pandemia de Covid-19 e considerou que podem evitar-se os confinamentos se forem aumentadas as medidas de proteção.
O diretor da OMS para a Europa frisou que os confinamentos são "uma perda de recursos" e que provocam muitos efeitos secundários, como danos na saúde mental ou aumento da violência de género. "Os confinamentos são uma medida de último recurso e o uso de máscara não é de modo algum uma panaceia."
De acordo com o mesmo responsável, esta medida seria evitável se o uso de máscaras fosse superior a 90% entre a população.
"Devemos assegurar o ensino aos nossos filhos", afirmou Hans Kluge, sublinhando que as crianças e adolescentes não são impulsionadores principais do contágio e que o fecho de escolas não é eficiente.
"A Europa é mais uma vez o epicentro da pandemia, juntamente com os Estados Unidos. Há luz ao fundo do túnel, mas serão seis meses difíceis", alertou.
Em relação às notícias sobre as vacinas para a Covid-19, o responsável da OMS alertou que "não são uma bala de prata", lembrando que "a oferta será limitada, particularmente no início".
A pandemia provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Em Portugal, os últimos dados oficiais indicam que morreram 3.632 pessoas dos 236.015 casos de infeção confirmados. O país está em estado de emergência desde 9 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23h00 e as 5h00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13h00 de sábado e as 5h00 de domingo e entre as 13h00 de domingo e as 5h00 de segunda-feira.