O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, recebeu esta segunda-feira a Federação Portuguesa pela Vida, numa altura em que está em curso a definição legal do diploma da legalização da eutanásia.
Em declarações aos jornalistas no final do encontro, Isilda Pegado, da Federação Portuguesa pela Vida, deixa um apelo a todos os deputados sobre qual deve ser o papel do Estado.
“Que atuem com responsabilidade, que é aquilo que o povo português espera. Olhem para esta proposta, olhem para o tempo em que estamos a viver e perguntem ao povo português se é a função do Estado matar os cidadãos. Este é que é o ponto central da eutanásia: qual é a função do Estado?”, afirma Isilda Pegado.
“Cada deputado, na sua consciência e independentemente das questões ideológicas, que olhe para a situação que o país e o mundo vive com esta pandemia e que possa dizer se, em consciência, deve ser aprovada uma lei onde se propõe que o Estado mate os doentes”, defende a ativista anti-eutanásia.
Isilda Pegado falava após uma reunião com o presidente do CDS. Francisco Rodrigues dos Santos voltou a sublinhar a posição do partido sobre este tema.
“Somos violentamente contra esta ideia de pântano moral em que a Assembleia da República, patrocinada pelos partidos de esquerda, quer neste momento mergulhar o nosso país, com a feitura de um diploma à revelia dos portugueses, na surdina e na calada dos corredores do poder, numa altura em que o país atravessa uma terceira vaga pandémica que levará a outro confinamento”, afirma Francisco Rodrigues dos Santos.
A lei da eutanásia foi concluída na especialidade na passada semana. O diploma terá ainda de ser confirmado na primeira comissão, votado na Assembleia da República e enviado para o Presidente da Republica.