O Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, admite perdoar-se preventivamente para evitar futuras investigações quando abandonar o cargo.
De acordo com o New York Times, o assunto foi abordado pelo próprio Donald Trump com alguns assessores.
O jornal cita duas fontes anónimas com conhecimento das conversas, assinalando que Trump mencionou o assunto por várias vezes depois da sua derrota eleitoral, perguntando os efeitos jurídicos e políticos de tal medida.
Não está claro se a questão voltou a ser abordada depois do assalto dos apoiantes de Trump ao Congresso, na quarta-feira, feito depois de este os ter incentivado a irem para a sede do poder legislativo federal protestar contra o que alega ser uma fraude eleitoral, sobre a qual, contudo, nunca apresentou qualquer prova.
Que um presidente se perdoe a si próprio seria algo inédito na história dos EUA, mas Trump tem falado em público repetidamente sobre essa opção, defendendo que tem o "direito absoluto" a fazê-lo, o que, porém, é contestado por muitos analistas.
Trump avançou com esta possibilidade em particular durante a investigação da designada interferência russa, que se debruçou sobre as relações entre dirigentes russos e a sua campanha nas eleições que conduziram à sua vitória em 2016.