"O momento homem na Lua para a Europa". A frase de Ursula von der Leyen calibra como poucas o grau de transcendência política e ambição conferido ao Pacto Ecológico Europeu que procura conseguir a neutralidade carbónica da União Europeia até 2050 - propondo-se ser o primeiro espaço político/continental a atingir a meta.
Apresentado a 11 de dezembro, o novo “Green Deal” europeu tenta "reconciliar a economia e a forma como consumimos com o nosso planeta". O plano divide-se em várias propostas legislativas que a Comissão Europeia irá apresentar nos próximos meses, medidas concretas para combater as alterações climáticas e alcançar metas ambientais em áreas como os transportes, a economia circular, a energia e a biodiversidade.
O Pacto Ecológico envolve um ambicioso pacote de investimentos de mais de um bilião de euros só durante a próxima década, um plano para uma mudança radical na forma como se faz indústria, agricultura, nos movemos nas cidades, no fundo, uma alteração profunda do modelo de desenvolvimento.
A análise neste espaço Euranet é de Viriato Soromenho-Marques, referência histórica da consciência ambiental em Portugal, professor da Universidade de Lisboa de Filosofia Social e Política e de Filosofia da Natureza e do Ambiente.
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