Arquitectos de relações, pregoeiros, espectadores e “selfies”. São estes os quatro tipos de utilizadores do Facebook, segundo um novo estudo da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brigham Young, nos EUA.
As quatro categorias de utilizadores resultaram da análise de inquéritos e entrevistas a 47 americanos, dos 18 aos 32 anos.
Um dos investigadores, Kris Boyle, referiu que se as pessoas conseguirem “reconhecer os seus hábitos há, pelo menos, uma tomada de consciência”, já que a maior parte das pessoas não sabe porque usa de certa forma o Facebook.
1. Arquitectos de relações
Os arquitectos de relações utilizam o Facebook para fortalecer as suas relações familiares e de amizade. Para eles, a rede social é um “espaço para contar histórias pessoais, onde a informação flui livremente entre amigos e família”.
Uma das “arquitectas de relações” inquiridas revelou que não telefonava para a sua família, usava apenas o Facebook para comunicar. “É uma maneira fácil de dizer ‘Olá’ e demonstrar afecto”, escreveu.
Este tipo de utilizadores costuma ser muito activo no Facebook, tanto a comentar e a publicar como a partilhar e a visualizar imagens e vídeos.
2. Pregoeiros
Os pregoeiros distinguem o virtual do real no Facebook. Publicam informações para uma ampla rede de pessoas, tanto amigos como desconhecidos, e não esperam uma resposta. A maioria das suas publicações são convites para eventos ou observações sobre questões controversas da actualidade que consideram importantes.
Os membros desta categoria preferem telefonar directamente às pessoas. “Não falo com a minha família pelo Facebook. Eles são mais importantes que isso”, sublinhou um destes utilizadores.
Os detalhes sobre a sua vida privada raramente são revelados pelos pregoeiros. Os jornalistas, activistas e organizadores de eventos são normalmente os pregoeiros do Facebook.
3. Espectadores
Os espectadores sentem a obrigação de estar no Facebook porque entendem que a rede social faz parte do dia-a-dia moderno, mas raramente divulgam informação pessoal e fazem publicações ou comentários. Querem, sobretudo, ver o que os outros fazem.
Um dos espectadores do Facebook disse aos investigadores da Universidade de Brigham Young: “Não é sítio para publicar coisas sobre mim ou o sobre o que fiz no domingo. Aqueles que me quiserem conhecer vão estar perto de mim a fazer coisas comigo”.
4. Selfies
São tão activos no Facebook como os arquitectos de relações, mas usam a rede social com o objectivo de chamarem a atenção para eles próprios. Sentem-se reconhecidos e apreciados quando as outras pessoas gostam ou comentam as suas publicações.
“É inútil tirar uma fotografia e deixá-la no meu telemóvel. A partir do momento em que a publico no Facebook, mostra que fiz alguma coisa com ela”, disse um dos “selfies”.