É preciso parar para conhecer melhor a nossa vida e identificar certos “elementos tóxicos” que nos afastam de nós mesmos. Na catequese desta manhã, o Papa prosseguiu a série de reflexões sobre a importância do discernimento
“Quantas vezes nos assaltam pensamentos como 'eu não valho nada', 'a mim tudo me corre mal', 'nunca farei nada de jeito', etc. São pensamentos que nos fazem mal e, sem nos darmos conta, intoxicam-nos o coração”, disse Francisco esta quarta-feira, na audiência geral.
Para reconhecer e livrar-se destes "elementos tóxicos", o Papa convidou os fiéis “a abrir o coração para horizontes mais amplos, identificando facetas e detalhes importantes da vida, que até agora nos tinham passado despercebidos” e que ajudarão a reforçar “o gosto interior, a paz e a criatividade”. Por isso, “parar é indispensável ao discernimento, pois aperfeiçoa o olhar tornando-o capaz de ver os pequenos milagres que o bom Deus realiza diariamente em nosso favor”.
O Papa recordou ainda que “o estilo de Deus é discreto, não se impõe; é como o ar que respiramos: não o vemos, mas faz-nos viver e só damos conta dele quando nos falta”. O mesmo acontece com a nossa vida, pois “o bem é silencioso e, para o vermos, requer-se uma busca lenta e continua na nossa história”, concluiu.
No final da audiência, o Santo Padre denunciou, uma vez mais, a brutalidade do que se passa na Ucrânia e pediu orações para se pôr fim às torturas, mortes e destruição naquele país em guerra.