Brasil atinge recorde de 6.276 novos casos nas últimas 24 horas
29-04-2020 - 23:24
 • Lusa

Na noite de terça-feira, após o Brasil tem alcançado um recorde diário de morte e ter ultrapassado a China no número total de óbitos, o ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu a existência de um "agravamento da situação" da covid-19 no país.

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O Brasil registou 449 mortos e 6.276 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, atingindo um novo recorde diário de infetados desde o início da pandemia no país, informou esta quarta-feira o Ministério da Saúde.

No total, o país sul-americano contabiliza 5.466 óbitos e 78.162 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus.

Face aos números do dia anterior, o aumento de mortes no Brasil foi de 9%, passando de 5.017 na terça-feira para 5.466 hoje. Em relação ao número de infetados, o crescimento foi também de 9%, de 71.886 para 78.162 casos confirmados.

Segundo a tutela, a taxa de letalidade da doença no país mantém-se hoje nos 7%.

O Ministério da Saúde informou ainda que o Brasil registou, até à tarde de hoje, a recuperação de 34.132 pacientes infetados, sendo que 38.564 doentes continuam sob acompanhamento. Está ainda a ser averiguada a eventual relação de 1.452 óbitos com o novo coronavírus.

São Paulo é o estado que concentra o maior número de casos no país, num total de 2.247 mortos e 26.158 casos de infeção. Face ao dia anterior, aquele que é o estado mais rico e populoso do país teve um acréscimo de 198 vítimas mortais e 2.117 infetados.

Na lista dos estados mais afetados seguem-se o Rio de Janeiro, com 794 óbitos e 8.869 casos de infeção, o Ceará, com 441 mortos e 7.267 infetados, Pernambuco, que, até ao momento, contabilizou 538 vítimas mortais e 6.194 casos confirmados, e o Amazonas, num total de 380 mortes e 4.801 pessoas diagnosticadas com covid-19.

Em todo o território, 16 das 27 unidades federativas do Brasil já têm mais de mil casos registados da doença: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Pará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Bahia, Maranhão, Amazonas, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Amapá.

Na noite de terça-feira, após o Brasil tem alcançado um recorde diário de morte e ter ultrapassado a China no número total de óbitos, o ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu a existência de um "agravamento da situação" da covid-19 no país.

"O que tem de ficar claro é que o número vem crescendo. Há alguns dias eu disse que poderia tratar-se de um acumulado de casos de dias anteriores, mas como temos uma manutenção desses números elevados e crescentes, temos de abordar isso como um problema", disse o governante.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 224 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 890 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.