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Rui Rio elogiou este domingo a independência do Ministério Público (MP) no caso de Tancos. O líder do PSD diz que não vê nenhuma razão para as queixas do PS nesta matéria.
“Ainda que possa haver dento do Ministério Público muita gente que não goste do PS, o que é que aqui se pode notar que o Ministério Público possa ter feito por não gostar do PS? Não entendo”, afirmou Rui Rio durante uma ação de campanha no café Santa Cruz, em Coimbra.
Ressalvando qualquer má interpretação, elogia até a independência do MP porque, apesar de o Governo ter dado aos magistrados tudo o que eles queriam, não deixaram de fazer o seu trabalho.
“O PS deu tudo o que havia para dar ao Ministério Público. Aumentou os salários dos magistrados do MP para um patamar que eu não digo que não mereçam, deu-lhes um aumento muito desigual relativamente às outras classes profissionais. O Ministério Público só tinha de estar contente com o PS.”
“O meu elogio é por isto: apesar de o Governo ter feito tudo o que eles queriam, eles não deixaram de cumprir a sua obrigação. E se eu sou tão crítico em muitas coisas, tenho aqui de ser justo e elogiar. Não tem nada a ver com o caso ser contra o PS, tem a ver com o facto de o PS no Governo ter dado tudo e, ainda assim, houve a independência necessária para fazer isso”, salientou.
Rui Rio falava no café Santa Cruz, em Coimbra, em mais uma sessão de perguntas e respostas a fechar o dia de campanha, em que contou com o apoio do eurodeputado Paulo Rangel e de Carlos Encarnação, antigo presidente da câmara.
No final, questionado sobre a entrevista de António Costa à RTP, o líder do PSD não quis comentar, até porque não viu. Tão pouco leu o artigo de José Sócrates no “Expresso” sobre Tancos, mas insiste na ideia de que não judicializou o caso. Sócrates e Costa estão apenas a querer criar confusão, acusa.