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Na análise permanente à evolução da doença Covid-19 no nosso país, a Direcção Geral de Saúde (DGS) deu indicações à Medicina Legal para que seja investigada a presença de coronavírus em vítimas cuja morte tenha sido inicialmente atribuída a outros quadros clínicos.
E, nesta altura, até já existe um exemplo concreto: a terceira vítima mortal anunciada ao final da manhã desta quinta-feira, uma mulher de Pombal, com 94 anos e diversas doenças diagnosticadas, em quem a infeção pelo novo coranavirus só foi detetada durante a autópsia.
A directora-geral de Saúde, Graça Freitas, confirma que esse caso no distrito de Coimbra passou a ser validado como Covid-19. E explica que já pediu à Medicina Legal que as autopsias passem a ter este dado em atenção.
"É a tal malha alargada para captar casos e percebermos a realidade. Se existirem óbitos em pessoas não anteriormente diagnosticadas, mas que tinham um quadro clínico compatível com Covid, o exame será feito 'post mortem'. Não é a DGS que faz as autópsias, é o Instituto de Medicina Legal. Mas a indicação que lhes demos é que se o quadro da pessoa que morreu fosse fortemente sugestivo, então que a analise seja feita depois", explicou.
Quando, como aconteceu com a vitima de Pombal, a morte for atribuída ao Covid-19, o caso passará rapidamente a ser estudado como qualquer outro que tenha sido validado. Os contactos próximos e toda a actividade da pessoa nas ultimas semanas.