O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso norte-americano para adiar a votação sobre a autorização para o uso da força contra a Síria. A ideia de Obama é dar tempo a que, eventualmente, o regime de Bashar al-Assad entregue, eventualmente às Nações Unidas, a posse das armas químicas do país.
A informação foi confirmada à Reuters por senadores dos Estados Unidos que têm estado reunidos a discutir precisamente o tema da Síria. “O que Obama quer é perceber a seriedade com que sírios e russos avançam com a proposta de eliminar as armas químicas na Síria. Obama quer tempo para o confirmar", disse o senador Carl Levin.
O Senado está desde segunda-feira a discutir o eventual uso da força contra o regime de Bashar al-Assad por este ter, alegadamente, disparado armas químicas contra civis, a 21 de Agosto, nos arredores de Damasco onde terão morrido 1400 pessoas, incluindo centenas de crianças.
Em cima da mesa está uma proposta russa, que terá sido aceite pela Síria, de colocar todas as armas químicas sob controlo da comunidade internacional. Se esta proposta for efectivamente avante, a solução militar pode não avançar.
Foi, entretanto, cancelada a reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas que iria discutir um plano russo para colocar o arsenal químico da Siria sob controlo internacional.
De recordar que os Estados Unidos têm já ao largo da Síria um forte contingente militar que pode levar a cabo uma ofensiva “limitada e precisa” contra o regime de Bashar al-Assad.
A guerra civil na Síria já dura há mais de dois anos: fez 110 mil mortos e cerca de dois milhões de refugiados, segundo números das Nações Unidas.
O presidente dos Estados Unidos tem marcada para esta madrugada (duas da manhã, hora portuguesa) uma declaração sobre a Síria.