Zelensky anunciou que a Ucrânia irá proceder a várias mudanças em cargos governamentais, regionais e nas forças de segurança, no seguimento de alegados casos de corrupção no país.
Segundo a Reuters, no seu mais recente discurso na noite desta segunda-feira, o Presidente ucraniano não mencionou alterações em concreto, mas nomeou alguns dos setores em causa. Os média do país têm apontado para saídas, sobretudo, no Governo.
"Já há decisões, algumas [a concretizar] hoje, outras amanhã, relativamente a representantes em vários níveis de ministérios e outras estruturas do governo central, assim como nas [estruturas de poder] regionais e nas estruturas de segurança", salienta Zelensky.
O líder ucraniano sublinhou ainda que o Conselho Nacional de Segurança e Defesa do país decidiu proibir as viagens de lazer para "todos os funcionários do governo central e vários outros níveis do governo local", assim como de "forças de segurança, deputados populares, procuradores e todos aqueles que trabalharam para o Estado e no Estado".
Volodymyr Zelensky reforça que as autoridades não se podem dar ao luxo de baixar a guarda em tempo de guerra: "Se quiserem descansar agora, vão descansar fora do funcionalismo público. Os funcionários não poderão mais viajar para o exterior para férias ou para qualquer outra finalidade não governamental".
O mesmo órgão ucraniano também aplicou sanções contra 22 cidadãos de nacionalidade russa, que, "sob o disfarce da espiritualidade, apoiam o terror e a política genocida".
Zelensky garantiu ainda, na mesma mensagem, que "a Ucrânia não mostrará fraqueza" e "o Estado não mostrará fraqueza".
Ministério da Defesa ucraniana nega corrupção
Apesar das acusações de corrupção, Oleksii Reznikov, ministro da Defesa da Ucrânia, nega a existência de ilicitudes do género, nomeadamente no processo de distribuição de alimentos para as tropas do país.
Em publicação no Facebook, o Reznikov diz estarem "a tentar minar a credibilidade do Ministério", acrescentando que já foi iniciada uma investigação para apurar o sucedido "com total transparência" e corrigir esses "problemas técnicos", como apelida.
Um dos processos, avança a agência Efe, diz respeito a uma série de encomendas no valor de cerca de 350 milhões de euros.