O ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, e Mustafá, líder da Juveleo, estão detidos no âmbito do caso de ataque ao centro de estágio de Alcochete. A informação está a ser avançada pela CMTV e pela TVI e já foi confirmada pela Procuradoria Geral da República.
A PGR refere à Renascença que "ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b), do Código de Processo Penal, confirma-se que foram efetuadas duas detenções no âmbito do inquérito relacionado com as agressões na Academia do SCP em Alcochete. Os detidos serão oportunamente presentes ao Juiz de Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação".
Os dois novos arguidos do caso da Academia devem ser presentes ao tribunal do Barreiro no início da semana. São suspeitos de autoria moral do ataque.
Pelas 19h50, o líder da claque Juve Leo, Nuno Mendes, conhecido como Mustafá, encontrava se ainda no interior da sede da claque, no estádio do Sporting, acompanhado de militares da GNR, que procediam a buscas, disse à Lusa fonte policial.
No exterior a PSP montou um cordão de segurança perante o olhar de dezenas de adeptos e de outros que se encaminham para o interior do estádio para assistirem ao jogo entre o Sporting e o Chaves, para o campeonato nacional.
As buscas em Alvalade terminaram por volta das 21h20. Mustafá saiu acompanhado pela GNR. Já Bruno de Carvalho acompanhou as buscas feitas em sua casa e só mais tarde foi levado pelas autoridades.
O advogado de Bruno de Carvalho, José Preto, foi visto em Alcochete, junto às instalações da GNR. TVI e CMTV garantem que é aí que Bruno de Carvalho vai pernoitar e permanecer antes de ser presente a juiz.
O Ministério Público pede a medida de coação mais grave, prisão preventiva, quer para o ex-presidente do Sporting quer para o líder da claque.
Em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.
No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes.
Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.
Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.
[atualizado às 01h35]