A ministra britânica do Interior, Amber Rudd, criticou, esta quarta-feira, em entrevista à BBC, os serviços de segurança norte-americanos pelas fugas de informação "irritantes" sobre o ataque em Manchester e alertou Washington de que a situação não poderá voltar a acontecer.
Na entrevista, Rudd assumiu como "provável" que o terrorista não tenha agido sozinho.
Na segunda-feira, um bombista suicida fez-se explodir na entrada Manchester Arena, onde decorria um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande. 22 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas.
Nos últimos dias, vários detalhes, incluindo a identidade do bombista suicida, foram adiantadas por "fontes" dos serviços de segurança norte-americanos à imprensa antes de comunicação oficial por parte das autoridades britânicas.
Questionada se iria rever a questão da partilha de informação entre os dois países, Rudd disse que sim. "A polícia britânica foi muito clara sobre querer ter o controlo do fluxo da informação, de forma a proteger a integridade operacional e gerir o elemento surpresa. É irritante que [a informação] seja libertada por outras fontes. Fui muito clara com os nossos amigos - isto não pode voltar a acontecer", disse.
Sobre o atentado em si, a ministra do Administração Interna assumiu a probabilidade de o bombista não ter actuado sozinho. "Foi mais sofisticado do que alguns ataques que vimos antes, e parece provável - possível - que ele não tenha feito isto sozinho", disse.
A primeira-ministra Theresa May anunciou uma alteração do nível de ameaça terrorista de "grave" para "crítico" no Reino Unido.