A Nova Zelândia alcançou, nesta quarta-feira, um marco na batalha contra a Covid-19: pela primeira vez desde que a pandemia entrou no país, não há qualquer paciente internado nos hospitais com a doença.
"Atualmente, não há ninguém no hospital com Covid-19”, anunciou o diretor-geral da saúde. A última pessoa teve alta do Hospital Middlemore, adiantou Ashley Bloomfield em conferência de imprensa.
"Tivemos várias pessoas no hospital – nunca em grande número – mas acho que é a primeira vez em alguns meses que não temos alguém internado”, anunciou.
A Nova Zelândia conta hoje com 21 casos ativos, que estão a ser tratados fora do hospital.
No que toca a vítimas mortais, não houve, nas últimas 24 horas, registo de qualquer óbito. Este é, aliás, o quinto dia consecutivo sem registo de novos casos ou mortes associadas ao novo coronavírus.
No total, desde que a pandemia chegou ao país, a Nova Zelândia – um país com quase cinco milhões de habitantes – conta 1.504 casos e 21 óbitos, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins.
Nível 2 de alerta
A Covid-19 chegou à Nova Zelândia em meados de março. Com seis casos identificados, a primeira-ministra, Jacinda Ardern, anunciou a quarentena obrigatória para todos quantos entrassem no país.
A 19 de março, foi proibida a entrada de estrangeiros. Havia 28 casos confirmados. O número foi crescendo e, no dia 23 do mesmo mês, Jacinda Ardern anunciou o confinamento total do país. Não havia então qualquer morte associada ao novo coronavírus.
No dia 28 de abril, o país diz ter alcançado um objetivo ambicioso na eliminação da doença: os novos casos identificados são de um dígito apenas.
"Isso dá-nos confiança de que alcançámos o nosso objetivo, que nunca significou zero, mas significa que sabemos de onde vêm nossos casos", afirmou o diretor-geral de saúde.
No dia 14 de maio, as restrições começaram a ser aliviadas gradualmente e os espaços públicos, como bares e ginásios, voltaram a abrir portas, tal como as escolas.
As autoridades neozelandesas não querem, contudo, cantar já vitória, pelo que o país se mantém em nível 2 de alerta, o que significa que a doença está contida, mas ainda há risco de transmissão na comunidade.