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O responsável pelo ataque da semana passada em Nice, França, planeou tudo com antecedência e desenvolveu recentemente interesse pelo islão radical, avança a investigação.
Até ao momento, não há provas de que Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, tenha jurado fidelidade ao autoproclamado Estado Islâmico, que reivindicou o atentado, ou tivesse ligações a membros da organização terrorista.
Mas, segundo o procurador de Paris, Francois Molins, o cidadão tunisino que guiou um camião contra a multidão, matando 84 pessoas e causando 200 feridos, “demonstrou um recente interesse por movimentos radicais jihadistas”.
Nas semanas antes do ataque de 14 de Julho em Nice, Mohamed Lahouaiej Bouhlel tentou contrair empréstimos bancários, que foram negados, levantou dinheiro e vendeu o carro.
Pagou 1.600 euros para alugar o camião com o qual atropelou dezenas de pessoas no Promenade des Anglais e, nos dias que antecederam o ataque, foi filmado pelas câmaras de vigilância a ensaiar o percurso do atentado.
De acordo com o procurador francês, Bouhlel contou a pessoas das suas relações que estava a deixar crescer a barba por razões religiosas e não percebia porque é que o autoproclamado Estado Islâmico não podia ter o seu próprio território.
No telemóvel e no computador do atacante também foram encontrados fotografias e vídeos relacionados com o Estado Islâmico e o islão radical.