Os
cinco maiores bancos a operarem em Portugal fecharam 2022 com um dos melhores
resultados dos últimos anos. Foram quase 2,6 mil milhões de euro, um aumento de 71%, apoiado em grande medida pela
subida das taxas de juro.
O último a apresentar contas foi o Novo Banco que, depois de vários anos negros, conseguiu em 2022 resultados acima do BPI e do BCP, fechando o ano com lucros de 561 milhões, os maiores de sempre.
A venda da sede deu uma ajuda nas contas e os lucros triplicaram, face a 2021, mas o malparado ainda representa 4% do crédito no Novo Banco.
O Santander lidera os resultados na banca privada, com 607 milhões de euros de lucros, um recorde para a instituição, que duplicou o resultado de 2021.
Mas o grande líder é mesmo o banco público. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) terminou 2022 com lucros de 843 milhões de euros, é um quase recorde (em 2007 atingiu 856 milhões). Ainda assim, este ano vai entregar ao Estado o maior dividendo de sempre. António Costa pode contar com 352 milhões mais o edifício sede, que está avaliado acima dos 300 milhões.
O BPI arrecadou no último ano 365 milhões de euros, quase 20% acima de 2021. Diz ter aumentado o crédito, mas também subiu as comissões, em 3%.
No fundo desta tabela surge o BCP, com lucros de 207 milhões. No entanto, representam um aumento de 50%, face ao ano anterior. Mais uma vez, a Polónia travou maiores ganhos.
O último ano terá sido um dos melhores de sempre da banca. Os lucros das cinco maiores instituições aumentaram 71%, de 1.511 milhões, em 2021, para 2.583 milhões em 2022.