Furacão Fiona. Porto Rico está inundado e sem energia
19-09-2022 - 14:59
 • Renascença

Cinco anos após a catástrofe do Furacão Maria, a ilha sofre novamente danos "catastróficos".

Porto Rico está inundado pelas chuvas torrenciais que caem desde sábado, devido à passagem do Furacão Fiona pela ilha.

Estão mais de mil pessoas em abrigos, todos os voos foram cancelados e os portos marítimos estão encerrados, mas não existem vítimas a registar.

De acordo com o Serviço Meteorológico Nacional (SNM) de Porto Rico, as fortes chuvas causaram inundações repentinas que, em algumas áreas, chegaram a alcançar os 63 centímetros cúbicos.

Através da rede social Twitter, o SNM emitiu vários alertas à população, para que procurassem abrigo nos locais mais elevados.

No domingo, por volta das 15h20, o olho do Furacão Fiona chegou a Punta Tocon, no sul de Porto Rico. A passagem do furacão pela ilha causou danos "catastróficos", segundo o governador Pedro Pierluisi.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou o estado de emergência em Porto Rico assim que as fortes rajadas de vento resultaram num corte geral de energia, em todos os 78 municípios da ilha.

Os danos ainda são impossíveis de calcular, mas o SNM avançou que apenas na metade leste da ilha contabilizam-se totais de precipitação acumulados entre 40 e 63 centímetros. Os ventos fortes ainda se sentem nos municípios do sul, de Guayama a Ponce, com rajadas entre os 48 e os 68 quilómetros por hora.

Até ao momento, há registo de várias estradas inundadas, um exemplo dos inúmeros danos materiais que se verificam em Porto Rico.

O restabelecimento da energia elétrica da ilha será gradual, a começar hoje nos municípios do norte. Em conferência de imprensa, o governador e a empresa LUMA Energy, responsável pela energia elétrica da ilha, alertaram os habitantes que a restauração total poderá levar "dias".

Estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas continuam sem eletricidade.

O Furacão Fiona atingiu Porto Rico dois dias antes do quinto aniversário da passagem do Furacão Maria pela ilha, uma catástrofe da qual a população porto-riquenha ainda está a recuperar.