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Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, garante que o voto antecipado está a ser um sucesso, compara o entusiasmo e adesão às urnas às primeiras eleições democráticas, e garante que estão a ser cumpridas todas as regras de segurança, apesar das longas filas no acesso às urnas.
Em declarações à imprensa neste domingo de votação antecipada, após ter exercido o seu direito de voto, no Barreiro, o ministro destacou o cumprimento das regras sanitárias.
"Testemunhei respeito por todas as regras. Todos com máscara, respeitando o distânciamento, com gel desinfetante e com todos os cuidados nos elementos da secção de voto. Votar é dos exercícios mais saudáveis que podemos fazer nestes tempos de pandemia", afirmou.
Cabrita perspetiva cerca de 250 mil votos antecipados, um recorde absoluto no país, e destaca o empenho dos portugueses no exercício democrático.
"Está a resultar o grande empenho dos portugueses na participação da democracia. Nos quase 250 mil inscritos no voto antecipado, vejo entusiasmo e alegria no voto semelhante à alegria das primeiras eleições democráticas. Estamos todos concentrados no combate pandemia, mas temos de afirmar os valores da democracia", explica.
O voto antecipado permite aos cidadão votar num concelho diferente daquele em que estão recenseados, destaca Eduardo Cabrita: "Cerca de metade dos que se inscreveram estão a votar num conselho diferente. Se não fosse esta opção, a maioria não participaria no ato eleitoral. É um processo tecnicamente mais complexo, mas o apelo é que é mais importante do que nunca afirmar a importância na manifestação democrática".
Votos nos lares "alargam direitos"
Eduardo Cabrita foi confrontado sobre os problemas em alguns utentes de lares a inscreverem-se para o voto antecipado, mas o ministro afirma não saber de qualquer caso e recorda que a possibilidade de se votar em lares é um "alargamento dos direitos eleitorais".
"É uma forma adicional de se votar. Os lares que estão inscritos na plataforma com base na indicação da Segurança Social. Não há uma redução dos direitos eleitorais, há uma acréscimo. Não há uma falha no sistema, que só pode aceitar quem está indicado pela Segurança Social. Existe este cruzamento de informação", explica.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que os portugueses não estão a respeitar o confinamento na sua totalidade e perspetiva mais restrições, declarações que Eduardo Cabrita explicou.
"Não fizemos um debate para a flexibilização das medidas, proposto pelo líder do PSD, mas sim sobre a necessidade de termos medidas mais exigentes face à evolução da pandemia. Fazemos uma reavaliação permanente da pandemia e das medidas na sua adequação e proporcionalidade. Foi nesse sentido que o Presidente da República falou e da qual estou de acordo", termina.