Depois de em Madrid ter conseguido fazer uma feira com visitantes, a ARCO anuncia que a edição portuguesa não será presencial.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, o Comité Organizador da ARCOlisboa, que deveria ter lugar na Doca de Pedrouços, de 16 a 19 de setembro, anuncia que, tal como em 2020, a edição deste ano será “em formato digital”.
“A alteração das datas das principais feiras internacionais de arte, assim como o possível impacto que a situação possa continuar a ter na mobilidade internacional, motivaram a decisão”, explica o comunicado emitido a que a Renascença teve acesso.
A organização internacional a cargo da IFEMA, a Feira Internacional de Madrid e a Câmara de Lisboa que é parceira do evento estão já a “trabalhar na plataforma ARCO E-XHIBITIONS” que vai funcionar a partir de dia 13 de setembro e até dia 19 para que as visitas virtuais às galerias presentes possam acontecer.
Tal como é hábito na organização da ARCO haverá também no formato de visita virtual um período “com acesso VIP” a partir de 12 de setembro. A edição deste ano estava pensada para um espaço diferente das últimas edições que têm acontecido na Cordoaria Nacional. A feira deveria acontecer na Doca de Pedrouços que pertence à Administração do Porto de Lisboa e deveria contar com a presença de setenta galerias nacionais e internacionais.
Face ao atual cenário, com o número de contágios de Covid-19 de novo a subir em Portugal, a organização da feira de arte diz estar já a trabalhar para a edição de 2022 que terá lugar “entre os dias 18 e 22 de maio”, de novo na Cordoaria Nacional, em Lisboa.
A ARCOlisboa regressará assim no próximo ano “nas datas habituais”, pode ler-se no comunicado vindo de Madrid, prevendo “estarem já asseguradas as condições necessárias para garantir as visitas dos colecionadores, o caráter internacional da feira e o êxito comercial das galerias participantes”.
Recorde-se que a equipa organizadora da ARCOlisboa já tinha passado a data deste ano para setembro, na expetativa que a situação pandémica já permitisse a sua realização. Contudo, vê-se de novo obrigada a recorrer ao formato estritamente digital, tal como fez no ano passado.
Esta será a quinta edição da feira de arte contemporânea que passou a ter uma extensão em Lisboa desde 2016. Na última edição com visitantes, em 2019 participaram 71 galerias maioritariamente portuguesas e espanholas e contou com 11 mil pessoas.