A água da barragem da Bravura, no concelho de Lagos, só é utilizada para consumo humano. Uma situação que se arrasta desde o verão passado, e depois de, durante o inverno, a chuva não ter sido suficiente para recuperar um nível de reserva que permita outros usos.
Com um novo verão a aproximar-se, Hugo Pereia, presidente da autarquia local, alerta para os cuidados que é preciso ter para assegurar que as torneiras não vão ficar secas.
“Nós temos a garantia da parte da Agência Portuguesa do Ambiente e da Água do Algarve, que este ano não faltará água, mas é importante que a gestão e a poupança sejam o mais eficaz possível”, diz o autarca à Renascença. “As pessoas já perceberam que de ano para ano a chuva é cada vez menos e é cada vez mais importante poupar”.
Da parte da câmara, têm existido campanhas de sensibilização, para o uso racional da água. E também têm sido feitos trabalhos para reduzir as perdas na rede de distribuição. A autarquia está ainda a estudar formas para reutilizar as ‘águas cinzentas’ (que resultam do uso doméstico, como, por exemplo, dos banhos), para rega.
Mas Hugo Pereira defende que é essencial que os investimentos previstos para miniminzar a situação de seca na região sul do país - em particular, a construção da já anunciada central de dessalinização - “passem rapidamente do papel à prática”.
Até lá é “preciso poupar ao máximo”, reforça, “e continuarmos a pedir a tudo e a todos para que a chuva chegue em quantidades que permitam voltar a nivelar as barragens do Algarve”.