Nova reunião entre Governo e sindicatos médicos. "A Fnam não tem uma expectativa muito alta"
04-11-2023 - 09:00
 • Pedro Mesquita com Renascença

A presidente da Federação Nacional dos Médicos diz que se o entendimento falhar será "mesmo por falta de vontade política e, se calhar, até ideológica por parte deste Ministério da Saúde, por parte do doutor Manuel Pizarro".

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, baixa as expetativas a poucas horas do início de nova ronda negocial entre Ministério da Saúde e sindicatos médicos.

"A Fnam não tem uma expectativa muito alta, uma vez que se adivinha que se mantêm os mesmos pressupostos que nas outras reuniões", diz a dirigente sindical à Renascença.

Joana Bordalo e Sá especifica as questões por resolver: "A questão de regressarmos às 35 horas de trabalho, a questão de voltarmos às 12 horas de urgência, a questão, também, de nos reporem as férias e as grelhas salariais."

"Relativamente às grelhas salariais, parece que o aumento se mantém nos mesmos valores, os 5,5 por cento que nos apresentaram anteriormente e, assim, não vamos conseguir cativar médicos para ficarem no Serviço Nacional de Saúde, acrescenta a presidente da Fnam.

Questionada sobre se a expetativa é de que ainda não será desta que haverá acordo, Joana Bordalo e Sá responde: "Pois... Isso é da inteira responsabilidade do Ministério da Saúde. Se não acontecer, é mesmo por falta de vontade política e, se calhar, até ideológica por parte deste Ministério da Saúde, por parte do doutor Manuel Pizarro".