Alemanha avança com reforço da vacina contra a Covid-19
06-08-2021 - 10:44
 • Olímpia Mairos

Organização Mundial de Saúde apelou ao adiamento das terceiras doses, pelo menos, até que os países mais pobres consigam alargar a vacinação à sua população.

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A Alemanha pretende administrar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 a pacientes mais idosos e residentes de lares, a partir de setembro.

Segundo o Governo, idosos e pessoas com sistema imunológico debilitado que já foram vacinados há, pelo menos, seis meses poderão receber uma terceira dose.

O reforço será feito com doses das vacinas de mRNA da Pfizer/BioNTech e da Moderna e também será disponibilizada a quem foi imunizado com as duas doses da vacina da Astrazeneca ou com a dose única da vacina da Janssen.

Berlim também vai estender a campanha de vacinação aos maiores de 12 anos.

As decisões refletem as preocupações da Alemanha de que a variante Delta, descoberta pela primeira vez na Índia, possa forçar o país a voltar a restrições e bloqueios, numa altura em que a maior economia da Europa se aproxima de eleições, em setembro.

Também Israel aconselha os cidadãos mais velhos a tomar uma terceira dose da vacina.

Em comunicado, o primeiro-ministro Naftali Bennett refere mesmo que “quem tem mais de 60 anos e ainda não recebeu a terceira dose da vacina, é seis vezes mais suscetível a doenças graves”.

A França também prepara uma campanha de vacinação de reforço contra Covid-19 no início do ano letivo, administrando uma terceira dose às pessoas mais frágeis.

A informação foi avançada pelo presidente Emmanuel Macron, através de um vídeo nas redes sociais, onde dá a conhecer a sua posição sobre a necessidade de uma terceira dose da vacina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já apelou aos países que desejem administrar dose de reforço contra a Covid-19, que o façam só a partir do final de setembro, uma vez que ainda não foi possível atingir a meta de ter, pelo menos, 10% da população de cada país vacinada.

Já em julho, a OMS tinha considerado desnecessária uma terceira dose de reforço da vacina contra a Covid-19, que alguns países admitem dar, e havia criticado a "ganância" em relação ao processo de vacinação.

Das cerca de quatro mil milhões de doses de vacinas administradas no mundo, mais de 80 por cento foram dadas em países mais desenvolvidos, que representam menos de metade da população mundial.