A retirada de todos os impostos sobre o trabalho é a proposta do economista Luís Cabral para a reforma fiscal em Portugal, no dia em que o PSD leva o tema a debate no Parlamento.
“Um ponto fundamental da reforma fiscal deveria ser retirar a tributação do trabalho ao limite. A separação da Segurança Social do trabalho e a diminuição de quaisquer taxas que o empregador tenha de pagar, especialmente para empregos de menores níveis de rendimento”, defende o professor da Universidade de Nova Iorque, em entrevista à Renascença.
O economista explica que “seria necessário fazer uma reforma fiscal que depois compensasse essa redução tributária, porque não se pode mexer apenas numa coisa". "E aí é que começam as complicações”, sublinha.
Se fosse ministro das Finanças, Luís Cabral faria uma reforma fiscal “mais ou menos neutral em relação às empresas”. Os impostos ligados aos contratos de trabalho que pagariam a menos, seria compensados por maior carga fiscal sobre os rendimentos.
Com a carga fiscal em máximos, o economista diz ainda que “qualquer alívio é bem-vindo”, sobretudo, para a classe média.
Estas declarações cosntam de uma entrevista de Luís Cabral à Renascença, que pode ouvir esta quarta-feira na Edição da Noite.