A ministra da Saúde não dormirá tranquila enquanto o problema da nova ala pediátrica do hospital de São João não estiver resolvido, mas Marta Temido não se compromete com datas e rejeita a possibilidade de um ajuste direto para a obra.
"[A nova ala pediátrica do São João] é um tema que merece do Ministério da Saúde um incondicional respeito pelas crianças e pelos seus pais. A ministra da saúde não dormirá tranquila enquanto este problema não estiver resolvido", afirmou Marta Temido esta terça-feira no Parlamento, no debate da proposta de Orçamento do Estado para 2019 da área da saúde.
Contudo, a ministra não se comprometeu com datas quanto ao avanço da obra, indicando que "não é possível lançar um procedimento concursal sem ter a revisão do projeto", que está em curso por parte da administração do hospital.
"Queremos uma solução rápida, mas não uma que seja pior a emenda que o soneto", indicou, frisando, contudo, que "não vale um ajuste direto".
Marta Temido falava em resposta a questões do deputado social-democrata Ricardo Batista Leite, que lembrou que há cerca de três semanas foi discutido um projeto do seu partido para que a obra da nova ala pediátrica avançasse por ajuste direto, o que acabou por ser rejeitado, com votos contra do PS.
Batista Leite lamentou a falta de respostas concretas e de prazos por parte do Ministério da Saúde e considerou que é inadmissível que as crianças passem outro inverno "naquelas condições" na ala pediátrica do São João.
Sobre a nova Lei de Bases de Saúde, também em resposta a questões do PSD, a ministra da Saúde, que está em funções há cerca de um mês, disse que a atual equipa ministerial considera que o Ministério da Saúde deve ter "o seu documento final", dando a entender que a versão da comissão que esteve a rever a lei de bases poderá não ser a final.