O Conselho Superior de Magistratura instaurou um inquérito ao juiz desembargador Rui Rangel, no âmbito do processo “Rota do Atlântico” e depois de a Procuradoria ter também aberto uma investigação.
Na sequência de uma pergunta por escrito da agência Lusa o Conselho Superior de Magistratura confirmou “que instaurou um inquérito, com conteúdo sobre o qual não se pronuncia e que seguirá a sua normal tramitação”.
Na segunda-feira a Procuradoria-Geral da República revelou que foi aberta uma investigação ao juiz desembargador Rui Rangel, com origem numa certidão do processo “Rota do Atlântico”, estando a decorrer pelo Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça.
“Confirma-se a existência de um inquérito que teve origem numa certidão do processo ‘Rota do Atlântico’”, respondeu à agência Lusa a PGR, na sequência de uma questão levantada após uma notícia de sábado passado do jornal “Correio da Manhã”, segundo a qual o juiz Rui Rangel era suspeito de receber fortuna do empresário futebolístico José Veiga, arguido naquele processo relacionado com crimes de corrupção no comércio internacional, fraude fiscal e branqueamento de capitais e tráfico de influência.
A PGR adianta que “encontra-se em investigação e está em segredo de justiça”.
De acordo com o jornal a investigação surge na sequência da prisão, em Fevereiro, do empresário José Veiga, por corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
A Lusa tentou obter um comentário do juiz Rui Rangel mas tal não foi possível.