A greve da Groundforce, que voltou a fazer-se sentir nos aeroportos portugueses, resultou no cancelamento de um total de 377 voos em todo o país.
A paralisação afetou especialmente o aeroporto de Lisboa. Estavam previstos 515 voos e foram cancelados 321 - desses, 166 eram chegadas e 155 partidas. Foram apenas concretizados 194 (95 chegadas e 99 partidas).
Segundo a ANA - Aeroportos de Portugal, "o Terminal 2 e as companhias que operam com outra assistência em escala, que não a Groundforce, não têm impacto na sua operação".
Nos restantes aeroportos, os cancelamentos foram bastante menos comuns.
No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, foram canceladas 18 chegadas e 19 partidas.
No arquipélago da Madeira, os aeroportos da Madeira e do Porto assistiram a um total de 12 cancelamentos (três chegadas e três partidas cada).
No mesmo comunicado, a ANA afirma que "agradece às equipas dos aeroportos pelo seu reforçado empenho neste contexto difícil, assegurando a continuidade da operação nos aeroportos nacionais."
Este domingo cumpriu-se o segundo dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24h00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de "handling" ter acusado a companhia aérea de uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.