A
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS) alerta
para o impacto do aumento do Salário Mínimo Nacional na tesouraria das
Instituições Particulares de Solidariedade Social e espera que “ainda este
Governo” tenha “isso em atenção”.
Em entrevista à Renascença, o padre Lino Maia lembra que, por causa da crise política e com as eleições no final de janeiro não haverá "uma adenda assinada para atualizar as comparticipações do Estado", antes de meados do próximo ano.
Nesse sentido, o presidente da CNIS revela que está a dialogar com o atual executivo de forma a evitar problemas de tesouraria.
“Ainda este Governo – ou um próximo que entre – possa ter uma atenção para com este setor, até porque já em janeiro nós temos que atualizar os vencimentos dos trabalhadores”, e o “Salário Mínimo cuja atualização nós apoiamos, tem um impacto muito grande nas instituições”, refere o Padre Lino Maia.
Nestas declarações, o presidente da CNIS reforça a ideia de que “ainda este governo, ou então o próximo logo que tome posse, possa destinar um reforço às instituições porque em janeiro já têm um aumento muito significativo de custos na massa salarial”.
O responsável recorda que “40% das instituições chegam ao final do ano com resultados negativos” e que “a massa salarial representa entre 60% e 70% dos custos das instituições”.
O Padre Lino Maia antevê “grandes problemas” financeiros por causa da “atualização do Salário Mínimo, que surge depois de um dezembro em que tivemos despesas acrescidas com o pagamento do décimo terceiro mês”.