A nova tabela de preços da ADSE fica fechada até ao final da semana e entra em vigor a 1 de Março. O objectivo é reduzir o custo dos encargos do subsistema de saúde dos funcionários públicos em cerca de 30 milhões de euros este ano e também corrigir algumas práticas de facturações excessivas.
A notícia é avançada na edição desta terça-feira do “Diário de Notícias”. De acordo com o jornal, as mudanças prevêem também que os beneficiários paguem menos quase 13 milhões pelos serviços de saúde.
Ouvido pela Renascença, o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP) José Abrão considera a medida adequada e benéfica para os beneficiários da ADSE.
“Isto vai no sentido de não haver agravamento aos co-pagamentos dos beneficiários quer seja em consultas do regime geral, em análises clínicas, em exames de diagnóstico. Portanto, acabou por resultar uma tabela onde não há aumentos das consultas e há até alguma redução por parte do pagamento dos beneficiários e dar um pouco mais de verdade combatendo o desperdício, o exagero e o abuso por parte de algumas entidades que vêm prestando serviços à ADSE”, argumenta.
Já Helena Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), considera as alterações importantes, mas vê sobretudo vantagens na redução de custos para o sistema do que na poupança directa para os beneficiários.
“Tudo o que é controlar o funcionamento do sistema que permita poupanças, é bom”, refere, destacando ainda a “aproximação de preços daquilo que são as práticas ADSE aos preços praticados no SNS, o que faz sentido”.