"Foi cometido um erro grave prontamente corrigido", declarou o primeiro-ministro, António Costa, sobre a polémica do novo aeroporto de Lisboa a envolver o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. "Orientação do governo foi restabelecida".
"Tenho a certeza que o ministro não agiu de má fé" e é "preciso seguir em frente, disse o chefe do Governo, à chegada ao Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa.
Os políticos "também são humanos e cometem erros", referiu António Costa aos jornalistas, numa referência ao despacho do Ministério das Infraestruturas sobre a nova solução Montijo+Alcochete, que foi entretanto revogado.
Certo é que “o país precisa urgentemente” de um novo aeroporto em Lisboa e que a decisão “exige consenso nacional, pelo menos com o PSD”. "Temos de trabalhar para encontrar consenso nacional para encontrar solução sólida".
O primeiro-ministro reforça que já falou com o Presidente da República e que o Chefe de Estado vai ser informado sobre o andamento do processo do novo aeroporto e também pretende consensos com a oposição, nomeadamente com o novo líder do PSD, Luís Montenegro. "Não há o aeroporto do PS, do PCP, do PSD, há um aeroporto para o país e que deve ter consenso", declarou António Costa.
"Se todos estivermos de boa fé e espirito construtivo, não devemos fechar soluções. Estamos de espírito aberto. Temos que encontrar a melhor solução para o país", referiu.
Costa acrescenta: "Até os políticos são humanos e cometem erros", mas garante que Pedro Nuno Santos "está totalmente solidário com o Governo".
Sobre Pedro Nuno Santos, "tivemos conversa franca e esclarecedora" e o ministro "teve humildade para assumir o erro".
Questionado sobre qual teria sido o erro grave do ministro, o chefe de governo referiu: "Erro grave? Tinha sido definido dialogar com oposição".
As declarações do primeiro-ministro acontecem pouco depois de o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, ter admitido "falha relevante" no processo do no aeroporto em Lisboa, mas que não se demite do Governo.