A Confederação Internacional da Cáritas alerta para a necessidade de se garantir proteção e acesso, para que seja possível a assistência humanitária à população da Ucrânia, em consequência da invasão russa.
Em reação ao ataque que aconteceu no país, Tetiana Stawnychy, presidente da Cáritas Ucrânia, alerta que o que está a acontecer no país, vai inevitavelmente conduzir a “uma colossal catástrofe humanitária”.
A Cáritas Internacional lança, por isso, um apelo de emergência para apoiar o trabalho da Cáritas Ucrânia.
O programa visa ajudar as pessoas afetadas pelo conflito com alimentos, água potável, alojamentos seguros e kits de higiene, além de garantir transporte seguro para que as pessoas vulneráveis possam chegar aos seus entes queridos e áreas seguras.
“Precisamos do seu apoio para responder à crise humanitária e ajudar as pessoas afetadas pela guerra”, apela o organismo caritativo.
Já o secretário-geral da Cáritas Internacional, Aloysius John, considera que “não podemos ignorar as trágicas implicações humanitárias desta guerra”.
“É dever da comunidade internacional proteger o povo ucraniano e garantir que tenha acesso à assistência humanitária”, defende.
A Cáritas Internacional reitera, assim, a necessidade de que todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, tenham acesso à assistência humanitária e que seja garantida a liberdade de movimento para aqueles que fogem do conflito.
Já desde o final do verão de 2021, especialmente no leste da Ucrânia, que a Caritas se vinha a preparar para uma resposta humanitária.
Formou funcionários e voluntários para aumentar sua capacidade de atender às necessidades das comunidades locais e fortalecer sua rede. Reposicionou temporariamente centros para acolher e garantir assistência aos deslocados internos, cujo número provavelmente aumentará consideravelmente com o início desta recente intervenção militar.
“Os números de emergência já são dramáticos: Antes do ataque, em ambos os lados da linha de contacto, já havia pelo menos 2 milhões e 900 mil pessoas a precisar de assistência humanitária. Agora esses números estão destinados a aumentar”, diz a presidente da Cáritas ucraniana.
“Todos somos chamados a agir. O que está a acontecer na Ucrânia põe em perigo a estabilidade e a paz internacional e, como sublinhou o Santo Padre, está 'a desacreditar o direito internacional'”, acrescenta o secretário-geral da Caritas Internacional.