O submersível que desapareceu quando fazia uma excursão aos destroços submersos do Titanic não deve estar "encalhado", segundo considera o especialista António Calado.
À Renascença, o coordenador de uma equipa da estrutura de missão para a Extensão da Plataforma Continental explica que o submersível deixou de comunicar com a superfície 1h45 depois de ter partido, ou seja, "durante a descida".
"A hipótese de ele ter ficado preso é improvável. Este acontecimento anormal foi antes de andar lá embaixo. A opção de estar preso não é provável", refere.
Já sobre a hipótese de ter dado à superfície, mas não ter sido detetado, o especialista diz que "o veículo tem capacidade para largar os seus pesos, ao fim de 24 horas, conferindo-lhe flutabilidade".
A equipa coordenada por António Calado opera o veículo ROV Luso, capaz de recolher amostras cientificas até aos seis mil metros de profundidade e tem prestado assistência à equipa de busca e salvamento.
"O nosso apoio foi tentar encontrar soluções viáveis, dentro do local", indica.
Navios e aviões americanos e canadianos continuam as buscas pelo submersível "Titan", desaparecido durante uma expedição turística aos destroços do Titanic.
A Guarda Costeira dos EUA informou que abordo estariam cinco pessoas - um piloto e quatro passageiros.
O vice-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, avançou que a embarcação teria capacidade para estar submersa até 96 horas, pelo que na segunda-feira teria "entre 70 e 96 horas” de oxigénio. Contudo, até ao momento, não se sabe se o submersível continua debaixo de água ou se terá conseguido vir à superfície, apenas não conseguindo comunicar.