Conselho de Disciplina abre processo ao Benfica. Águias falam em "má-fé e perseguição"
17-01-2023 - 18:38
 • Renascença

Em causa estará um processo em que se investigam os crimes emergentes dos emails pirateados ao Benfica e onde foram juntos outros processos, como o dos Vouchers e o Mala Ciao.

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou, em comunicado, que instaurou um processo disciplinar à SAD do Benfica. Em resposta, o Benfica "repudia a decisão" e fala em "recorrente desrespeito e comportamento persecutório".

O organismo não esclarece o motivo, mas refere que em causa estão "notícias divulgadas na comunicação social, na medida em que a factualidade agora conhecida possa ser diversa daquela apreciada em outros procedimentos disciplinares. O processo foi enviado, dia 12 de janeiro de 2023, à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução".

Segundo o jornal "Record", em causa está um processo de corrupção que o Benfica é alvo.

As águias emitiram um comunicado de seguida, a repudiar a decisão de "ter instaurado um processo disciplinar face à inexistência de novos factos relativos a uma matéria já de si objeto de acompanhamento passado".

O Benfica acredita que se trata de uma "manifesta má-fé do Conselho de Disciplina que só pode ser justificada à luz do recorrente desrespeito e comportamento persecutório ao Sport Lisboa e Benfica"

"Uma decisão ainda mais inaceitável tendo em conta que a Comissão de Instrutores da Liga, órgão que deveria ter notificado o Benfica em tempo útil, também não o fez, tendo o clube tomado conhecimento deste processo disciplinar através da Comunicação Social", pode ler-se.

As águias falam em "coincidências e erros a mais para quem, tendo o estatuto de utilidade pública desportiva, lhe cabe a responsabilidade de defender o futebol português, mas que, sucessivamente, cai na subserviência de interesses específicos rivais do Sport Lisboa e Benfica".

No dia 7 de janeiro, a SAD do Benfica e os seus dirigentes do mandato entre 2016 e 2020, nomeadamente Rui Costa, o atual presidente, Luís Filipe Vieira, ex-presidente, Domingos Soares de Oliveira, Nuno Gaioso e José Eduardo Moniz, foram constituídos arguidos, segundo um comunicado do clube confirmou.

O "DN" garantiu que está em causa um processo em que se investigam os crimes emergentes dos emails pirateados ao Benfica e onde foram juntos outros processos, como o dos "Vouchers" e o "Mala Ciao".

[Atualizado às 19h32 - comunicado do Benfica]