A Índia é o país mais perigoso do mundo para as mulheres, devido ao elevado risco de violência sexual e escravidão laboral.
É a conclusão de um novo estudo da Fundação Thomson Reuters, divulgado esta terça-feira, e que resulta de 550 inquéritos a especialistas de todo o mundo em direitos das mulheres.
Os cenários de guerra no Afeganistão e na Síria colocam os dois países no segundo e no terceiro lugar, respetivamente. Seguem-se a Somália e a Arábia Saudita.
O ranking fecha com os Estados Unidos. É a única nação ocidental na lista. Juntamente com a Síria, é o terceiro país do mundo em que as mulheres enfrentam maior risco de violência sexual, incluindo violação, assédio, coerção sexual e falta de acesso à justiça em casos de violação. O estudo surge após o movimento #MeToo, uma campanha que se tornou viral no último ano, com milhares de mulheres a utilizarem as redes sociais para partilhar histórias de assédio sexual e abusos.
O inquérito foi realizado entre 26 de março e 4 de maio deste ano. Analisou as condições de saúde, recursos económicos, tradições, abusos sexuais e não sexuais e tráfico humano.
O resultado é um ranking bastante similar ao de um outro estudo de 2011, que apontava como países mais perigosos para as mulheres o Afeganistão, a República Democrática do Congo, o Paquistão, a Índia e a Somália.
Eis a lista dos dez países mais perigosos para as mulheres:
- Índia
- Afeganistão
- Síria
- Somália
- Arábia Saudita
- Paquistão
- República Democrata do Congo
- Iémen
- Nigéria
- Estados Unidos da América