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A Organização Mundial da Saúde (OMS) exortou esta quarta-feira as farmacêuticas a manterem os preços baixos e acessíveis das vacinas contra a Covid-19, depois de ter sido noticiado que as empresas Pfizer e Moderna aumentaram os preços.
"Numa situação de mercado normal, os preços devem baixar e não aumentar", afirmou, numa videoconferência de imprensa, a titular na OMS da pasta do Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, Mariângela Simão, lembrando que os fabricantes norte-americanos Pfizer e Moderna conseguiram aumentar a sua produção e produtividade.
A subdiretora-geral da OMS enfatizou que é "muito importante" que as empresas farmacêuticas "pratiquem preços acessíveis". "Pedimos que as empresas mantenham os preços baixos e acessíveis", insistiu Mariângela Simão.
Segundo um ministro francês citado pela agência noticiosa AFP, mas não identificado, a Pfizer e a Moderna, que produziram em tempo recorde vacinas contra a Covid-19 baseadas na tecnologia do ARN mensageiro, vão aumentar os preços das doses para a União Europeia por causa da adaptação que fizeram das vacinas às variantes do novo coronavírus.
No passado fim-de-semana, o Financial Times noticiou que a Pfizer e a Moderna subiram, respetivamente, mais de um quarto e um décimo o preço das suas vacinas nos mais recentes contratos com a União Europeia.
De acordo com o jornal, que acedeu a partes dos contratos, o aumento de preços faz parte de uma renegociação dos termos das contratualizações estabelecidas até 2023, para um total de 2.100 milhões de doses.