A inflação continua a dar sinais de diminuir. Esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que os preços voltaram a abrandar em maio.
O que não significa que os preços estejam a descer - descida da inflação não é o mesmo que descida dos preços - os preços estão é a subir menos.
Segundo o INE, a inflação em maio foi de 4% (a taxa de inflação homóloga, ou seja em comparação com o mesmo mês do ano passado).
Em Abril, só para termos uma ideia, a inflação foi de 5,7%. É portanto, uma redução de 1,7 pontos percentuais em apenas um mês.
Essa redução pode ser explicada pelo IVA Zero?
Sim, o "IVA Zero" entrou em efeito a 18 de abril. Portanto, maio foi o primeiro mês completo a reflectir a isenção do IVA nos bens considerados essenciais.
O que teve de facto algum efeito, porque, segundo o INE, cerca de metade desta desaceleração da inflação é explicada justamente pelo IVA Zero.
Esta medida vai estar em vigor até final de Outubro, embora o Governo já tenha admitido a possibilidade de prolongar para lá dessa data.
O que é que contribuiu mais para esta descida?
O que contribuiu mais foram os custos dos produtos energéticos, que é uma categoria de despesas que segundo o INE registou mesmo uma taxa negativa de 15,5% em maio.
Nestes casos os preços desceram mesmo, o que contribuiu bastante para este abrandamento da inflação.
Com tudo isto, como é que a inflação só abrandou 1,7%?
Porque há preços que subiram mais do que a média. Foi o caso dos sectores de lazer, turismo e restauração.
Por exemplo, na recreação e cultura a inflação em maio foi de 5%. Superior até ao aumento de abril que tinha sido de 4,6.
E nos restaurante e hotéis a subida dos preços foi de 12,1% face ao mês anterior.