As cinco cerimónias de beatificação agendadas para este mês e junho, na Santa Sé, foram adiadas para data a definir, avançou esta quinta-feira a Rádio Vaticano.
A decisão da Congregação das Causas dos Santos acontece na sequência das restrições decretadas para conter a pandemia de Covid-19 e não exclui outros adiamentos.
O prefeito daquele organismo do Vaticano, o cardeal Angelo Becciu, fala num “grande sofrimento, sobretudo para as comunidades eclesiais que se preparavam para a grande festa do povo”.
O responsável pela Congregação das Causas dos Santos argumenta que “a beatificação começa com o povo, não pode ser em streaming”.
“O processo de beatificação começa do povo, da aclamação que testemunha a ‘fama de santidade’ da pessoa, ou seja, a opinião comum do povo segundo o qual a vida do novo beato era rica de virtudes cristãs, fecundidade apostólica e morte edificante”, afirma D. Angelo Becciu.
As beatificações que deveriam realizar-se em maio e em junho eram de um quatro religiosos e uma leiga. Já no sábado, dia 9, estava prevista a beatificação da Irmã Lúcia da Imaculada Conceição, uma religiosa italiana conhecida pela assistência aos pobres e doentes.
Na semana seguinte, a 16 de maio, seria a vez de Maria Luigia do Santíssimo Sacramento, que fundou o Instituto das Irmãs Franciscanas Adoradoras da Santa Cruz, que era conhecida ainda em vida como a “Monja Santa” e se dedicava de forma especial aos jovens.
A 23 de maio seria beatificado Cayetano Giménez Martín, um padre espanhol, juntamente com 15 companheiros religiosos e leigos, todos mártires da Guerra Civil Espanhola.
O cardeal polaco Stefan Wyszynski considerado o pai espiritual de São João Paulo II, tinha a betificação marcada para 7 de junho e, por fim, no dia 14 junho deveria ser elevada aos altares a jovem leiga Sandra Sabattini, que morreu com apenas 23 anos.