Promover um estilo de vida activo para que os portugueses possam usufruir do maior número possível de anos de vida saudáveis e livres de doença é o objectivo da Estratégia Nacional para a Promoção da Actividade Física, da Saúde e do Bem-Estar, que vai ser apresentada esta segunda-feira.
A iniciativa é da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que não pretende, deste modo, pôr toda a gente a fazer exercício físico intenso, mas sim a mexer-se. Basta fazer uma caminhada, por exemplo.
“Existem muitas alternativas, como uma caminhada ao fim do dia ou uma corrida de manhã antes de ir para o emprego, um passeio de bicicleta com a família ou uma actividade mais longa ao fim-de-semana com um grupo. Enfim, tudo isto funciona”, afirma à Renascença o coordenador do programa.
“Depois, evitar estar sentado mais do que 20 ou 30 minutos sem uma pequena pausa de um ou dois minutos. Esta é uma recomendação mais nova, mas que já existe e que mostra com muita evidência que pode fazer a diferença na nossa saúde”, acrescenta Pedro Teixeira.
A ideia de que o exercício físico moderado também faz bem tem de chegar toda a gente, incluindo os profissionais de saúde. Por isso, o programa prevê a formação destes profissionais, “primeiro, para eles próprios serem mais activos no seu dia-a-dia, mas depois entenderem a actividade física como um sinal vital, como algo importante, uma componente essencial na sua intervenção, quer do ponto de vista interventivo – para evitar a doença e o mal-estar – quer em condições que já existem no tratamento dessas condições e em que sabemos que o exercício físico tem um papel fundamental”, explica o coordenador.
No final, diz Pedro Teixeira, o objectivo terá sido plenamente alcançado se os portugueses tiverem uma vida activa, não só porque faz bem como, sobretudo, porque gostam.
“As pessoas têm de se sentir atraídas para fazer [exercício físico], têm que sentir que é importante para si. Não é porque alguém manda ou porque alguém recomenda ou ainda porque alguém prescreve”, defende.