Foi inaugurada esta quarta-feira à tarde uma nova residência para estudantes em Lisboa. O edifício tem 320 camas disponíveis, que resultam de um acordo com a Segurança Social.
Os valores vão variar inicialmente entre os 80 e os 100 euros para estudantes mais carenciados, explica o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.
“É sempre em função do rendimento do agregado. Neste caso vamos ter agregados que vão pagar entre 80 e cento e poucos euros, porque são pessoas que vivem em grande dificuldade”, afirma o autarca.
“Quando tivermos mais quartos vamos poder chegar a outros agregados que também precisam. Há muitas pessoas que chegam a Lisboa, não estão nas faixas mais vulneráveis, mas também não têm dinheiro para pagar um quarto. Esses, talvez os pais pudessem pagar um pouco mais, estaríamos a falar em 300 euros”, sublinha Carlos Moedas.
De acordo com o presidente da Câmara de Lisboa, há já estudantes candidatos para a ocupação desta residência. A gestão vai ficar a cargo da Universidade de Lisboa.
A obra, orçamentada em 17 milhões de euros, recebeu 10 milhões dos fundos europeus.
O autarca projeta mais inaugurações nos próximos tempos, num total de "mais de mil camas”.
“Vamos ter, pelo menos, mais de 1000 camas. Temos, neste momento, 900 camas que estamos a trabalhar e a projetar e que estão a ser feitas em Ajuda, Marvila e 5 de Outubro. Tudo isso está a acontecer em Lisboa (…) e este dia marca o começo desta nova fase de projetos que estamos a realizar”, referiu Carlos Moedas.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, também marcaram presença na inauguração da nova residência universitária.
Esta residência, através da qual se pretende disponibilizar alojamento estudantil a custos acessíveis na cidade, foi construída pela Câmara de Lisboa, que para o efeito promoveu uma obra de reabilitação e adaptação de dois edifícios na Avenida Manuel da Maia e na Alameda D. Afonso Henriques.
O objetivo é que os alojamentos da Residência Universitária Manuel da Maia sejam distribuídos entre estudantes das várias instituições de ensino superior de Lisboa.
Questionado pelos jornalistas, Carlos Moedas não comenta a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa sobre a Operação Influencer e diz que é necessário dar tempo à justiça.
“Eu comento política, mas não comento a justiça. Devemos deixar à justiça os seus tempos e depois veremos. Se o resultado é que não há indícios, que nada aconteceu, é esse o resultado da justiça. Eu penso que é muito importante esta separação entre política e justiça”, declarou o presidente da Câmara de Lisboa.