O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou preocupação com os civis na escalada do conflito entre Israel e os territórios palestinianos e apelou a "todos os esforços diplomáticos para se evitar um conflito de grandes proporções".
António Guterres, em comunicado divulgado pelo seu porta-voz e citado pela agência EFE, condenou "nos termos mais fortes o ataque de hoje do Hamas contra aldeias israelitas perto da Faixa de Gaza e no centro de Israel, incluindo o disparo de milhares de 'rockets' contra centros populacionais israelitas".
O chefe da Nações Unidas (ONU) apelou à "máxima contenção", embora sem visar especificamente qualquer das partes, e apelou a "todos os esforços diplomáticos para se evitar mais conflitos".
"A violência não pode ser uma solução para o conflito e a paz só pode ser alcançada através de negociações que conduzam a uma solução de dois Estados", sublinhou.
O secretário-geral da ONU assinalou o impacto do ataque sobre a população civil, referindo-se aos "numerosos" israelitas mortos, feridos, atacados e raptados das suas casas, expressando as suas condolências às vítimas e às suas famílias. Apelou ainda à libertação das pessoas sequestradas.
Fontes médicas citadas pela agência EFE dão conta de que mais de 100 pessoas morreram em Israel no ataque lançado pelo Hamas a partir de Gaza, que também causou mais de 900 feridos.
Entretanto, pelo menos 198 pessoas morreram e mais de 1.600 ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
O grupo islâmico Hamas lançou hoje um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.