Já se sente o impacto da greve da CP nas estações portuguesas. Até ao meio dia já tinham sido suprimidas 29 ligações, segundo dados fornecidos à Renascença pela empresa.
À Renascença chegam relatos disso mesmo. Na estação de São Bento, no Porto, pelo menos seis ligações foram suprimidas na última hora.
Pedro Mendes, de 24 anos, está na estação portuense à espera de um comboio para Guimarães. Foi apanhado desprevenido.
"Fiquei surpreendido porque o comboio foi suprimido e não vi nenhum aviso prévio no site da CP ou nas redes sociais, como fizeram anteriormente", lamenta. Vai ter de esperar duas horas pelo próximo comboio, que não foi dado como suprimido...ainda.
Igual cenário espera António Pacheco e Maria Júlia, com 75 e 76 anos. Vieram ao Porto a uma consulta e vão ter de esperar duas horas para voltar para Caniço.
"Estavamos aqui à espera quando vimos... Valha-nos Deus", desabafa Maria. Já António, conformado, diz que podia ser pior. "Na outra greve estive quatro horas à espera", adianta.
A CP já tinha alertado para constrangimentos, assegurando que se poderiam fazer sentir já hoje, apesar da greve só começar amanhã, dia 31 de maio.
"Informamos que, por motivo de greve convocada pelos sindicatos SFRCI, SINFA e SNTSF, para o período compreendido entre as 00h00 e as 23h59 do dia 31 de maio de 2023, preveem-se fortes perturbações na circulação ferroviária, em todos os serviços, com possível impacto nos dias anterior e seguinte ao período da greve, a 30 de maio e 1 de junho", lê-se na nota.
Foram decretados serviços mínimos para 30% dos comboios urbanos e regionais e 25% para comboios de longo curso.