O ministro da Saúde afirma que o Governo tem "uma vontade enorme" de chegar a um entendimento com os enfermeiros sobre o modelo de carreira e valorização profissional, considerando que essa reivindicação é justa.
Os enfermeiros iniciaram esta quarta-feira o primeiro de seis dias de greve para exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas dos profissionais e dos compromissos assumidos pela tutela.
"O que é a vontade dos enfermeiros terem uma arquitetura de carreira diferente que os valorize e prestigie é reconhecido como justíssimo por parte do Governo. Se há grupo profissional na saúde que precise recriar um modelo de desenvolvimento profissional são os enfermeiros", afirmou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas à margem de uma conferência do projeto 3 F - Financiamento Fórmula para o Futuro, que decorre em Lisboa.
O ministro indicou que "da parte do Governo há uma vontade enorme de chegar a um entendimento sobre o modelo de carreira".
Já as questões remuneratórias são "sempre mais difíceis", assumiu, porque dependem das reivindicações dos profissionais e "da capacidade que o Estado tem de resolver esses pedidos em sede orçamental".
Sobre a última reunião negocial com os enfermeiros que foi adiada para este sexta-feira, Campos Fernandes explicou que o adiamento se deveu ao facto de a secretária de Estado da Saúde, que está a liderar as negociações, ter tido de se deslocar de "forma relativamente imprevista à Venezuela".