O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, afirmou este domingo que, concluído o processo eleitoral interno, o partido "está renovado" para disputar as legislativas de 10 de março de 2024, antecipando que "serão difíceis" por acontecerem num contexto político complexo.
"A partir de hoje somos todos PS", declarou Cafôfo aos militantes reunidos num almoço de Natal, numa unidade hoteleira, no Funchal, que serviu para "perspetivar 2024" na família socialista do arquipélago.
O dirigente socialista insular, que foi apoiante de José Luis Carneiro nas eleições diretas disputadas sexta-feira e sábado que elegeu como novo secretário-geral Pedro Nuno Santos, considerou que esta foi uma escolha "disputadíssima, que veio provar que o único partido que tem pessoas e ideias para o país é o PS".
"Pedro Nuno Santos pode contar comigo como aliado e com o PS/Madeira. Estamos juntos pela Madeira, o partido e, sobretudo, pelo país", sublinhou.
Admitindo as dificuldades para as próximas eleições nacionais, Paulo Cafôfo, opinou que "é no meio das adversidades que o PS evidencia a capacidade, a coragem e a determinação".
"Não será um caminho fácil. Nós que somos o "partido da rosa", sabemos que não há rosa sem espinhos. Sabemos bem das dificuldades, mas também sabemos daquilo que são as nossas convicções, o nosso caráter e determinação em vencer os desafios eleitorais que teremos pela frente, em 2024", afirmou.
Falando das prioridades que o PS/Madeira estabeleceu, apontou a necessidade de respostas para a falta da habitação, o melhoramento dos rendimentos dos trabalhadores - porque "nenhum madeirense pode estar condenado a viver na pobreza"- mais respostas para assegurar a dignidade dos jovens e vencer o desafio da saúde.
"Miguel Albuquerque (presidente do Governo Regional PSD/CDS) duplicou as listas de espera (na saúde) desde 2015", altura em que assumiu o cargo, insistiu, opinando que "autonomia não foi feita" para continuarem a haver estes problemas, nomeadamente, pessoas "que morrem à porta do hospital".
Paulo Cafôfo argumentou que "o monstro criado pelo PSD tem um pai, Miguel Albuquerque", mas esta política dos sociais-democratas, que não resolveu os problemas dos madeirenses, "está a ter um fim porque ninguém nesta terra agora tem medo do papão do PPD que governa a região há cerca de 50 anos".
O líder socialista regional também apontou a lista de candidatos do PSD/CDS à Assembleia da República, opinando que "não é surpresa e mostra que é um partido que se esgotou em ideias e pessoas".
"Esta é uma lista - dita pelos próprios militantes do PPD - como sendo fraca, que tem, por um lado, um oportunismo carreirista e, por outro, uma imposição de Lisboa. Há muitos interesses naquela lista", argumentou.
Paulo Cafôfo defendeu que, nas eleições de 10 de março, "é importante que o PS dê um exemplo para todo o país", sabendo que não será um ato eleitoral fácil por ser "um momento complexo", devido à demissão do primeiro-ministro, António Costa e a dissolução da Assembleia da República.
"Se a nossa (PS/Madeira) meta é 2027. O meu compromisso é ganhar as eleições (regionais) em 2027, não podemos nem nas regionais, nem nas europeias, nem nas autárquicas vacilar", sustentou.
Cafôfo, que desempenhou as funções de secretário de Estado das Comunidades do Governo demissionário deixou ainda "um abraço do tamanho do mundo" para a diáspora madeirense, os que estão longe da família nesta quadra festiva.