Cristiano Ronaldo deu ontem aquele que poderá ter sido o último grande passo da sua carreira desportiva.
Rumando à Arábia Saudita, o internacional português deixou bem à vista a ideia de que mais importantes do que as competições, os golos e os recordes, foram as astronómicas e pornográficas cifras que o novo contrato envolveu, e que passam a constituir as mais elevadas de sempre em qualquer negócio do futebol.
A apresentação do famoso jogador português aconteceu ontem por entre grande pompa e circunstância, à escala “hollyoodesca”, sem que isso corresponda de algum modo à importância de que a modalidade disfruta naquele país do médio oriente.
E ficou também a promessa de entrega total por parte do celebrado jogador para que o novo clube consiga títulos e, sobretudo, prestígio a nível internacional.
Nas diversas declarações que proferiu na altura, Cristiano Ronaldo fez algumas afirmações que não deixaram de justificar muitas dúvidas por parte dos observadores.
Por exemplo, está por confirmar se lhe foram realmente dirigidos convites de diversos clubes da Europa, do Brasil, Austrália, dos Estados Unidos, e até de Portugal.
Colocando de parte o “até de Portugal”, pelo que significa de um certo menosprezo pelo futebol do país onde deu os seus primeiros pontapés na bola, já se sabia, antes, que a sua oferta de trabalho a vários clubes europeus de topo, foi sempre liminarmente rejeitada ao, até há pouco, seu empresário Jorge Mendes.
Há portanto boas razões para olhar de lado e com desconfiança para as afirmações neste contexto do nosso CR7.
Fica, entretanto, a partir de agora, a expectativa sobre o que irá acontecer ao mais importante jogador português de sempre no futuro imediato, sobretudo em relação à possibilidade de poder continuar a vestir a camisola da seleção nacional.