O Papa chega ao início da tarde desta sexta-feira, ao Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, declarado independente em 2011.
É uma viagem inovadora, do ponto de vista ecuménico, porque vai ser "realizada a três”, com o arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e o Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields.
O Sudão do Sul, devastado por lutas étnicas, sobretudo por causa do petróleo na zona norte, regista uma pobreza extrema. 80% da população vive em zonas rurais com menos de dois dólares por dia, três milhões de pessoas passam fome e 105 mil crianças correm o risco de morrer se não receberem ajuda imediata.
Este povo já sofreu duas guerras civis. A mais recente, aconteceu dois anos após a independência, quando as forças leais ao presidente Salva Kiir entraram em confronto com as forças leais do vice-presidente Riek Machar, de um grupo étnico diferente. O balanço foi um derramamento de sangue que causou 400 mil mortos.
Em 2018, um acordo político tentou pôr fim aos conflitos, mas há partes deste acordo, incluindo o envio de um exército nacional reunificado, que ainda não foram implementadas.
Em abril de 2019, o Papa chamou a Roma os principais líderes, para um tempo de retiro e diálogo no Vaticano. No final deste encontro, Francisco ajoelhou-se para beijar os pés dos líderes do Sudão do Sul, exortando-os a não voltarem à guerra civil.
O grande destaque de hoje será, certamente, o discurso às autoridades do país, mais logo quando forem 15h00 em Lisboa.
O Papa permanecerá no Sudão do Sul até ao próximo domingo, dia 5.